PARÁBOLAS DOS TALENTOS

09-04-2013 21:03

 

Parábola dos Talentos.

Na época em que Jesus vivia aqui na terra o talento significava grandes somas em dinheiro, correspondente a sessenta minas. Uma mina correspondia a cem dinares. Um trabalhador comum ganhava um dinare ao dia. Na parábola, a palavra talento corresponde ao conjunto de todos os bens dados ao homem por Deus, tanto os materiais como os espirituais. Os talentos materiais representam a riqueza, as boas condições de vida, um bom status social, e uma boa saúde. Os talentos espirituais representam a mente iluminada, o dom de pregar o evangelho, a sensibilidade, a compaixão e várias outras qualidades que nos foram conferidas por Deus. Sobre os dons, escreve-nos o Apóstolo Paulo em suas primeiras epístolas aos Coríntios: "Há diversidade de dons, mas o espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo espírito, a palavra da ciência. E a outro, pelo mesmo espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo espírito, os dons de curar. E a outro, a operação de maravilhas: e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas as coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" (I Aos Coríntios 12:4-11).

"Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. Mas, o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor entregaste-me cinco talentos, eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. E o seu senhor lhe disse: Bem está servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste. E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei. Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe, pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-a tirado. Lançai, “pois o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.”

Segundo o que Jesus disse nesta parábola, devemos concluir que Deus não exige de nós obras que superem as nossas forças ou habilidades. Entretanto, os talentos que lhe forem dados impõem certa responsabilidade.  Devemos multiplicá-los em prol da igreja, do próximo e, uma coisa que é muito importante, devemos desenvolver em nós mesmos as boas qualidades. De fato, existe uma forte relação entre as ações externas e o estado de espírito da pessoa. Quanto mais a pessoa praticar o bem, maior será seu enriquecimento espiritual, tornando-se um virtuoso. Ou seja: O externo e o interno são inseparáveis.

A parábola das minas é muito semelhante à dos talentos, Em ambas as parábolas, as pessoas orgulhosas e preguiçosas, no que se refere à prática do bem, são representadas em forma de um servo astuto, que enterra os bens de seu senhor. O servo astuto não deveria repreender seu senhor quanto à sua crueldade, já que o senhor lhe exigira menos do que aos outros. Quando ele disse “devias ter dado o meu dinheiro aos banqueiros" devemos compreender essas palavras como uma indicação de que, na falta de iniciativa e capacidade própria de fazer o bem, a pessoa deve, pelo menos, tentar ajudar outras pessoas a fazê-lo. De qualquer maneira, não existe pessoa totalmente incapacitada. Cada um pode crer em Deus, orar por si e pelos outros. A oração é uma obra santa e benéfica, e uma única oração pode substituir várias boas obras.

"Porque a qualquer um que tiver será dado, e terá em abundância; mas, ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado." Aqui se trata basicamente da recompensa na vida futura: aquele que enriquecer espiritualmente nesta vida, na outra enriquecerá ainda mais, e, contrariamente, o preguiçoso perderá até o pouco que tinha anteriormente, a legitimidade desta citação pode ser confirmada no dia-a-dia. As pessoas que não desenvolvem suas capacidades, pouco a pouco as desperdiçam. Assim a mente da pessoa torna-se embotada, atrofia-se a vontade, amortecem-se os sentimentos e todo o seu corpo e alma entra num estado de relaxamento. A pessoa torna-se inapta a qualquer atividade.

Se analisarmos o sentido profundo das parábolas aqui apresentadas, do rico insensato e a dos talentos, tomamos consciência do grande dano que praticamos contra nós mesmos ao desperdiçarmos o tempo e as forças a nós concebidas por Deus em atribulações cotidianas inúteis. Com isso roubamos a nós mesmos. Portanto, devemos nos condicionar de maneira a praticar o bem a cada minuto de nossa vida, e direcionar nossos pensamentos e vontades à glória de Deus. Servir a Deus não é uma necessidade, e sim uma grande honra!

João Carlos de Almeida

 

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