PARÁBOLA DO CREDOR IMCOMPASSIVO

09-04-2013 20:54

 

Parábola do Credor Incompassivo.

 

Esta parábola foi contada Por Jesus para responder uma pergunta de Pedro, sobre quantas vezes se deve perdoar um irmão. O Apóstolo Pedro pensava que seria suficiente perdoar por até sete vezes. Em resposta a isto Jesus disse que se deve perdoar até "setenta vezes sete", ou seja, deve-se perdoar sempre, Para deixar claro esta questão, Jesus contou esta parábola:

"O reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos. E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que devia dez mil talentos. E, não tendo ele com que pagar, o senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então, aquele servo, prostrando-se o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos , que lhe devia cem dinheiros, e lançando mão dele sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo pois os seus conservos, o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas" (Mateus 18:23-35).

Nesta parábola Deus é comparado ao rei, ao quais seus servos deviam somas em dinheiro. Nós como seres humanos somos um eterno devedor diante de Deus, não somente devido aos nossos pecados, mas também pela ausência de boas obras, as quais poderíamos ter feito, mas não as fizemos. Estas obras de amor não realizadas também são dívidas nossa. Assim, na oração pedimos: "perdoai nossas dívidas (ofensas)," e não somente nossos pecados! Ao final de nossa vida, quando deveremos prestar contas da nossa vida diante de Deus, verificaremos que todos somos devedores. A parábola do credor incompassivo diz que podemos contar com a misericórdia de Deus somente com a condição de termos perdoado de todo o coração a quem nos tem ofendido. Portanto, devemos nos lembrar diariamente: Perdoai as nossas ofensas (dívidas) assim como perdoamos a quem nos tem ofendido."

De acordo com esta parábola, as ofensas dos próximos, se comparadas à nossa dívida perante Deus, são tão insignificantes quanto algumas moedas para um milionário. Devo ressaltar que o sentimento de estar ofendido é muito individual. Possivelmente, uma pessoa praticamente não dará importância a certa palavra ou ato imprudente, enquanto outra pessoa, com a mesma palavra ou ato, poderá sofrer por toda a vida. Do ponto de vista espiritual, o sentimento de ofensa é gerado a partir do amor próprio ferido e do orgulho dissimulado. Quanto mais a pessoa tiver amor próprio e for orgulhosa, maior será seu grau de ressentimento. O sentimento de ofensa, se não for imediatamente combatido, pode, com o tempo transformar em rancor. E o rancor é um pecado incessante, é a ferrugem da alma É difícil lutar contra o espírito rancoroso.

 É muito importante, pois, a oração para aqueles que nos tem ofendido, ajuda-nos a superar os sentimentos ruins que temos para com eles. Se pudéssemos ver a enorme quantidade de dívidas, das quais deveremos prestar contas a Deus, tentaríamos perdoar com alegria e rapidez a todos os nossos inimigos.                                                              

 

João Carlos de Almeida

 

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