PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
09-04-2013 20:53
Parábola do Bom Samaritano.
Esta parábola foi contada por Jesus em resposta à pergunta de um legislador hebreu, sobre "quem é o nosso próximo?" O legislador conhecia os mandamentos do Antigo Testamento, que mandava amar o próximo. Mas, como o mesmo não cumpria este mandamento, queria justificar-se por não conhecer quem deveria ser considerado seu próximo. Em resposta à sua indagação, Jesus contou uma parábola, mostrando através do exemplo do bom samaritano, que não se deve preocupar em diferenciar as pessoas próximas das pessoas estranhas, e sim sentir-se na obrigação de ser o próximo daqueles que necessitam de ajuda.
"Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo. E, d’ igual modo também um levita, chegando aquele lugar, e vendo-o, passou de largo. Mas, um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele. E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu te pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira" (Lucas. 10:30-37).
O sacerdote hebreu e o levita Temendo prestar auxílio a um integrante de outra tribo, passaram por seu compatriota que caíra em desgraça e foram embora sem prestar socorro, Já o samaritano, sem pensar quem estava ali no chão, se era um dos seus ou uma pessoa estranha, socorreu o infeliz, salvando-lhe a vida. A bondade do samaritano manifestou-se também pelo fato do mesmo não se limitar em prestar os primeiros socorros, mas tentar garantir o destino do pobre infeliz, tomando para si as despesas e as preocupações no que dizia respeito à sua recuperação.
Com o exemplo do bom samaritano, Cristo ensina-nos como devemos amar o nosso próximo através de obras, não ama seu próximo de maneira autêntica, aquele que não poupa seu tempo, suas forças e recursos para ajudar as pessoas por meio de obras de caridade. A própria vida dá-nos a oportunidade de manifestar diariamente o nosso amor ao próximo, em atitudes como: visitar uma pessoa doente, consolar alguém que esteja triste, ajudar uma pessoa incapacitada a ir ao médico ou a fazer alguma tarefa burocrática, doar dinheiro para os pobres, atuar em alguma obra beneficente, dar um bom conselho, evitar discussões, etc. Várias destas tarefas parecem insignificantes, mas durante a nossa vida elas se acumulam, fazendo assim um depósito espiritual. As boas obras são uma espécie de reserva regular de pequenas somas para uma poupança. Conforme nos diz Jesus, no céu elas são um tesouro que não pode ser devorado por traças, nem roubado por ladrões.
Deus permite que os homens vivam em variadas condições materiais: alguns — em grande abundância, e outros — em necessidade e até passando fome.
João Carlos de Almeida
———
Voltar