PARÁBOLA DAS BODAS
09-04-2013 20:50
Parábola das Bodas.
Nesta parábola, Jesus trata da transferência do Reino de Deus do povo judeu a outros povos, na qual, os "convidados" representam o povo judeu, e os servos são os apóstolos e pregadores do evangelho de Cristo. Da mesma maneira que os "convidados" não quiseram entrar no Reino de Deus, a propagação da fé foi transferida "na encruzilhada" a outros povos. Possivelmente, alguns destes povos não possuíam qualidades religiosas tão elevadas, contudo, manifestaram grande devoção nos serviços a Deus.
"O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho; E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir. Depois enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas. Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico. E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram. E o rei, tendo notícias disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade. Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide pois às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo p elos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com vestido de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial? E ele emudeceu.
Disse então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, “mas poucos escolhidos” (Mateus 22:2-14).
No contexto de tudo o que foi dito, e das duas parábolas anteriores, esta parábola não exige explicações especiais. Como sabemos a partir da história, o Reino de Deus, passou dos judeus aos povos pagãos, difundiu-se com êxito entre os povos do antigo império Romano.
O final da parábola dos convidados para as bodas, onde se menciona o homem que não estava trajado com vestes de núpcias, parece um pouco difícil o entendimento, mas Para compreender esta passagem, devemos conhecer os hábitos daquela época. Naqueles tempos, os reis, ao convidarem as pessoas a uma festa, por exemplo, para uma festa de casamento de um filho do rei, ofertavam-lhes vestes próprias para que todos estivessem trajados de maneira limpa e bela durante o festejo. Mas, de acordo com a parábola, um dos convidados rejeitou o traje real, dando preferência às próprias vestes. Conforme se observa, ele fez isto por orgulho, considerando suas roupas melhores que as reais. Ao rejeitar as vestes reais, ele atrapalhou o bom andamento da festa e magoou o rei. Devido ao seu orgulho, foi enxotado da festa para as "trevas externas." Nas Escrituras Sagradas, as vestes simbolizavam o estado de consciência da pessoa, Roupas claras, brancas, simbolizam a pureza e retidão de espírito, que são ofertadas como dádivas de Deus, por Sua misericórdia. O homem que rejeitou as vestes reais representa “os crentes orgulhosos, jactanciosos que se gabam de ser os tais julgando serem mais sábios que os outros alimentando o que podemos chamar de orgulho espiritual, são desses fiéis que o Apóstolo Paulo fala quando disse: "tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela" (2 Timóteo. 3:5). Pois a força da piedade não está no exterior, e sim nos feitos pessoais.
João Carlos de Almeida
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